quarta-feira, 8 de junho de 2011

Primeira postagem: ideia para um trabalho

A História é vida. A vida dos homens em sociedade. Não deve ser vista como uma ciência estática, congelada no tempo, mas que está em permanente mudança. É errado supor que por serem diferentes e por estarem distanciadas no tempo de nós, as pessoas do passado não podem ser compreendidas. É importante nos reaproximarmos dessas pessoas, buscar entender as suas realidades e sociedades, justamente para entender os atos e pensamentos dos homens em cada tempo. Isso não deve ser entendido apenas no âmbito da pesquisa histórica, mas principalmente no do ensino de História. Pesquisa e ensino precisam andar juntos sempre. Podemos tentar ligar fatos do presente com momentos do passado, buscando associações que muitas vezes nos levam ao anacronismo. Podemos simplesmente buscar respostas no passado para questões do presente, o que pode gerar certas frustrações, pois nem sempre encontraremos na História consequências diretas de algo. Por outro lado, nem tudo na História vai explicar o momento em que vivemos. Nem sempre tudo o que aprendemos ou sabemos deve ter alguma utilidade prática

Se faz necessário levar o passado até as pessoas ou as pessoas até o passado, através de registros que os homens deixaram. Documentos dos mais variados gêneros, oficiais, literários, visuais.

É interessante apresentar aos estudantes livros, músicas, filmes que remetam a um momento histórico, com o objetivo de tentar a realidade do aluno. Fazer com que ele perceba que havia outras pessoas diferentes dele, que viviam, pensavam e agiam de maneira distinta. Infelizmente estamos num mundo em que os indivíduos têm grandes dificuldades de enxergar e entender os outros. Também por isso é importante que os alunos busquem compreender os homens do passado.

Outra saída é tentar fazer com que os alunos se sintam como os homens do passado. Uma ideia é propor que eles escrevam cartas como se fossem estas pessoas. Por exemplo: devem se colocar no papel de um burguês que escreve para outro às vésperas da Revolução Francesa, explicando o porquê da mesma. Ou ainda, um negro sul-africano denunciando os abusos da sociedade racista nos anos setenta e comparando com as conquistas e protestos pela igualdade racial dos negros nos Estado Unidos. Ou um apoiador de Vargas fazendo críticas ao sistema econômico e político em 1930, as vésperas do fim da República Velha.

Essa metodologia, além de tentar fazer com que o estudante se aproxime da vida dessas pessoas, faz com que ele pesquise e pense. Ele terá que elaborar um texto próprio, criar algo, evitar o “Control C, Control V”. E nos dias atuais, que tudo vem pronto, pesquisa, pensamento e criação fazem muita diferença.

Agradeço as sugestões do meu amigo Felipe para este primeiro post.

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